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Internet/ Salvador Dalí |
Nem sempre se fala de amor
Nem sempre se fala de nostalgia
Nem sempre se fala o que se pensa
Nem sempre se fala o que se diz
Nem sempre se vive de euforia.
Nem sempre!
Há uma sombra que me prende
Um som de vida
De ventura e encanto.
Tantas coisas perdi
E outras encontrei
E nem sempre te amei.
Nem sempre!
Umas vezes estou presente
Outras vezes estou ausente.
A vida é fonte
A vida não cessa.
Apenas tu existes
No meu dizer de poeta,
Apenas tu me chamas de poeta
Apenas tu sabes que que sou poeta
Apenas tu...e ninguém mais.
E vivo no encontro e desencontro
Do que sou
Vivo da minha ilusão
Vivo da minha insensatez
E da minha lealdade.
Nem sempre, assim é!
Mas fico sempre esperando
Até aquela dia
Perto ou distante
Onde te possa encontrar
Beijar e amar
Sem parar
Deixar de respirar
Como se o mundo fosse morrer
Naquele instante.
E a morte fosse o jogo escuro
Das ilusões...
Maria Luísa
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Internet/ Salvador Dalí |
Lembro o calor dos teus beijos
Lembro a loucura que vivemos
Lembro quando pareciamos ser diferentes
Do tempo,
Em que no tempo viviamos.
E fomos diferentes de todos
E continuamos a ser diferentes
E pagamos por essa diferença.
Nos libertamos de festas
Pois as festas são nossas
E não interessam a ninguém.
Vivemos com alegrias e tristezas
Nos amparamos ao que somos
E lutamos e vencemos.
Somos o que somos
Nos amamos em lugares idilicos
E abatemos o tempo
E não ligamos ao tempo.
Continuamos a ser como fomos!
Maria Luísa
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Internet/ Salvador Dalí |
Me roubaram os sonhos
Me deixaram os medos e pesadelos.
Deus não paira nas águas
A praia se encheu de pedras.
Amei-te mesmo assim
Sedento e exausto.
Te procuro
E não te encontro.
Tudo mudou num instante
E tudo que conheci
Não existe mais.
Fala-me,
Atira as lembranças de ti
Como um convite ao meu caminho.
Volta,
Ajuda-me a encontrar os sonhos
A vida não está completa.
Tu eras o meu sonho
E me roubaram os sonhos.
Neles me via
Neles me reconhecia
Com eles falava
Eles me respondiam...
Solitárias ondas saltam
Viajo nos poços abertos
Nos crepúsculos que se abrem.
Aceita-me,
Dá-me uma solidão só minha,
Mas perfeita.
Me deixaram sem perguntas
Desinteressados
Frios no ar da noite.
Sem eles
Sem ti
E sem tempo,
Que será de mim?
Beija-me no silêncio da noite
Mesmo sem te ver
Acredito em ti!...
Maria Luísa